INSTITUTO INOVA ENTREVISTA

PATRICIA AGUIAR – CRC

Dando continuidade às entrevistas realizadas com os nossos Associados e Investidores do Parque Ecotec Damha, profissionais renomados no ramo empresarial da região e até mesmo do país, hoje, nossa entrevistada é a empresária Patrícia Aguiar, que está à frente do Centro de Revestimentos Cerâmicos, o CRC, fundado em 2011 e instalado no Parque desde 2014.

O CRC foi fundado a partir da identificação de oportunidades de negócios, por ex-alunos da Universidade Federal de São Carlos, durante sua experiência profissional no setor cerâmico. A CRC possui, como grande diferencial, a capacitação técnica de sua equipe e acredita ser o seu elemento diferenciador. A essência está em transformar demandas industriais em ensaios e pesquisas de laboratório e, a partir de então, converter resultados de análises laboratoriais em soluções tecnológicas, esta é a expertise do CRC.

 

Inova: Quais serviços/produtos desenvolvidos em sua empresa?

Patrícia: O CRC é um laboratório de prestação de serviços criado para atender as necessidades tecnológicas das empresas que atuam na cadeia produtiva do setor cerâmico, tais como mineradoras, colorifícios, indústrias químicas e as indústrias cerâmicas, propriamente ditas. Dentre os serviços prestados, destacam-se as análises físico-químicas, realizadas em matérias-primas, massas e esmaltes; as análises de defeitos de fabricação; e os desenvolvimentos tecnológicos customizados, tais como o desenvolvimento de produtos inovadores, a avaliação do potencial cerâmico de minerais industriais, o reaproveitamento de resíduos industriais e as análises de eficiência energética industrial.

Além disso, o CRC oferece cursos e treinamentos técnicos planejados de acordo com as necessidades das empresas do setor cerâmico.

 

Inova: Qual o diferencial do CRC em São Carlos e região?

Patrícia: Todos os integrantes da área técnica possuem formação superior e concluíram ou estão cursando mestrado/doutorado em Ciência e Engenharia de Materiais. Ou seja, trata-se de uma equipe bastante capacitada e com larga experiência na área de materiais cerâmicos. Além disso, o CRC conta com o apoio tecnológico especializado da Universidade Federal de São Carlos, a UFSCar, por meio de uma parceria firmada recentemente. Dessa forma, ampliamos ainda mais nossa possibilidade de oferecer serviços tecnológicos diferenciados para os nossos clientes.

 

Inova: Por que escolheram se instalar em um Parque Ecotec Damha?

Patrícia: Acreditamos que o conceito do Parque Ecotec traduz perfeitamente os valores do CRC. Investimos em trabalhos de pesquisa, desenvolvimento e inovação há algum tempo e consideramos que os mesmos desempenham papel chave para mantermos nossa posição e reconhecimento dentro do setor em que atuamos. No momento, dois dos principais projetos em que estamos trabalhando são desenvolvimentos tecnológicos inovadores, que visam contribuir para a sustentabilidade do setor cerâmico. Em um destes projetos, pretendemos reduzir as emissões atmosféricas de CO2, associadas à produção de revestimentos cerâmicos em ao menos 50%, em relação aos níveis de emissões praticados atualmente no Brasil. Em outro projeto, recém iniciado, nosso objetivo é instalar e colocar em operação em uma indústria cerâmica um sistema de preparação de massa que deve reduzir expressivamente a poluição do ar por material particulado em suspensão, que é atualmente um grande problema no pólo cerâmico de Santa Gertrudes, onde há uma concentração muito grande de indústrias e pátios de secagem de argilas. Entendemos que os parques tecnológicos constituem o cenário ideal para abrigar projetos desta natureza.

 

Inova: Quais as perspectivas da CRC dentro do Ecotec?

Patrícia: Somos bastante otimistas quanto ao crescimento do CRC e do próprio Ecotec. Com a implementação de novas empresas no Ecotec, é muito provável que se desenvolvam interações sinérgicas entre as empresas, que devem beneficiar a todos. Ainda que o país esteja vivendo um momento difícil na economia, acreditamos que as empresas de base tecnológica podem sentir menos os impactos negativos em momentos como esse e, mais do que isso, talvez tenham mais condições de contribuir com a recuperação da economia, através da geração de novos produtos e serviços, que sejam capazes de quebrar paradigmas.

 

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