Associada ao Inova desenvolve tecnologia com apoio da FAPESP

Desenvolvido pela FIT, o equipamento  para análise de produtos agrícolas alimentares possibilitará maior controle na produção e qualidade dos produtos

 A FIT – Fine Instrument Technology, empresa Associada ao Instituto Inova-Ecotec Damha e especializada no desenvolvimento de soluções que utilizam Ressonância Magnética Nuclear (RMN), teve um de seus projetos aprovados no Programa Pesquisa Inovativa em Pequenas Empresas (PIPE), apoiado pela FAPESP. A empresa, sediada em São Carlos (SP) e apoiada pelo Desenvolve SP, solicitou um aporte em torno de R$ 1 milhão para o desenvolvimento de um equipamento de baixo custo, transportável, com a capacidade de realizar análises físico-químicas de produtos agrícolas e alimentares. O equipamento será desenvolvido para realizar de forma rápida, precisa e não destrutiva, análise de frutas in natura ou processadas, e detecção de adulteração de azeite engarrafados.  Essa tecnologia poderá ser usada no controle de produção e qualidade dos produtos em centros produtores, atacado, varejo e por importadores e exportadores.

“O nosso projeto prevê o desenvolvimento de dois magnetos de alto desempenho apropriados às aplicações no setor; o desenvolvimento de softwares automatizados na execução das análises; além de aprimorar a eletrônica do espectrômetro e desenvolver soluções tecnológicas para atender a demanda da indústria agrícola e alimentícia”, explica o pesquisador e sócio da FIT, Daniel Consalter. “Dessa forma, resultará em um analisador inovador, nacional e de alta qualidade para o mercado agrícola, desenvolvido principalmente para as análises dos produtos descritos, utilizando a tecnologia de ressonância magnética.”

A FIT já comercializa um equipamento que utiliza a tecnologia de Ressonância Magnética Nuclear (RMN) em alimentos, e que realiza, em poucos minutos, análises químicas e físicas de frutas, grãos, azeites, leites, carnes, entre outros produtos. Porém essa máquina ainda não possui capacidade de analisar frutas inteiras nem o azeite engarrafado por causa do tamanho do magneto (ou gap de onde se coloca a amostra). Consalter destaca que o financiamento da FAPESP permitirá o desenvolvimento deste magneto, além de possibilitar a automação das análises de forma que qualquer um consiga utilizar.

“Parte destas análises já foram desenvolvidas pelo renomado pesquisador Luiz Alberto Colnago, da EMBRAPA Instrumentação. A FIT embarcará as análises do equipamento e deixará de forma automática, além de desenvolver mais aplicações. A ideia é que o usuário apenas coloque a amostra dentro do equipamento, aperte um botão e o resultado apareça na tela”, explica Consalter.

O pesquisador destaca ainda que uma utilização importante desse equipamento poderá ser feita pelos supermercados, que poderão verificar, de forma rápida e eficaz, a qualidade dos produtos de seus fornecedores. “O equipamento pode analisar, por exemplo, a maciez de peças de carnes, pureza de azeites, a quantidade de açucares em frutas e sucos, entre muitas outras aplicações possíveis que estão em desenvolvimento, como autenticidade do salmão, a origem de vinhos e pureza do leite”, explica.

A cerimônia de anúncio dos projetos PIPE selecionados será realizada no dia 26 de julho, às 10h, na sede da FAPESP, em São Paulo. O PIPE apoia microempresas e empresas de pequeno porte no Estado de São Paulo, para o desenvolvimento de pesquisa tecnológica no ambiente empresarial, sem contrapartida.

 

Sobre a FIT

 A Fine Instrument Technology (FIT) é uma empresa de pesquisa, desenvolvimento e inovação que desenvolve equipamentos e soluções utilizando Ressonância Magnética Nuclear (RMN). Situada em São Carlos (SP), a FIT possui uma equipe formada por físicos, químicos, engenheiros, técnicos e cientistas de computação altamente qualificados. A empresa possui estreitas relações com os grupos de RMN da EMBRAPA Instrumentação e com a Universidade de São Paulo (USP) através do CIERMag (Centro de Imagens e Espectroscopia in vivo via Ressonância Magnética). Tais parcerias somam-se à equipe de pesquisa e desenvolvimento da FIT garantindo soluções inovadoras e de alta tecnologia e qualidade, com aplicações em diversas áreas como agricultura, alimentos, industrial, médica e  instrumentação científica.

Sobre o SpecFIT

O Specfit é um equipamento nacional que utiliza tecnologia de ressonância magnética nuclear (RMN) para realizar análises físicas e químicas não destrutivas, rápidas e de alta precisão. Sua tecnologia permite uma variada gama de aplicações, sendo muitas delas automatizadas e sem preparo de amostras. O SpecFIT foi desenvolvido com tecnologia digital de ponta, fácil atualização e alta performance. Oferece diferentes opções de configuração do equipamento com solução aberta para pesquisadores desenvolverem seus próprios métodos de análises utilizando RMN através de um software de programação amigável de sequências de pulso, sem a necessidade de conhecimento em programação computacional.

O pesquisador e sócio da FIT, Daniel Consalter
O pesquisador e sócio da FIT, Daniel Consalter

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